quarta-feira, junho 01, 2011


ALIMENTADOR DE HIPOCLORITO AUTOMATIZADO






Piscinas: tratamento químico. O sistema de filtragem da piscina faz o trabalho mais pesado na manutenção da limpeza da água, mas cabe à química fazer o trabalho mais refinado. É importante manipular cuidadosamente o equilíbrio químico em piscinas por diversos motivos:

* patógenos perigosos, como bactérias, presentes na água. Uma piscina cheia de água não tratada pode ser um lugar perfeito para microorganismos portadores de doenças contaminarem as pessoas;

* água com o equilíbrio químico errado pode danificar as várias partes da piscina;

* água com equilíbrio impróprio pode irritar a pele e os olhos;

* água com equilíbrio impróprio pode se tornar turva.

Para se livrar dos patógenos da água, você deve introduzir um agente desinfetante. O desinfetante de piscina mais popular é o elemento cloro, na forma de compostos químicos como hipoclorito de cálcio (um sólido) ou hipoclorito de sódio (um líquido). Quando o componente é adicionado à água, o hipoclorito reage com a água para formar vários elementos químicos, mais notadamente o ácido hipocloroso O ácido hipocloroso mata as bactérias e outros patógenos, atacando os lipídios da parede celular, e destrói as enzimas e estruturas dentro da célula através de uma reação de oxidação. Compostos alternativos, como bromito, fazem basicamente a mesma coisa, com resultados ligeiramente diferentes.

O hipoclorito costuma ser preparado em forma de líquido, pó ou tablete (embora alguns profissionais utilizem cloro gasoso) e pode ser adicionada à água no ciclo. Especialistas em piscinas geralmente recomendam a inclusão após o processo de filtragem utilizando um alimentador químico. Se for adicionada diretamente na piscina, utilizando tabletes nas caixas de escumadeiras, o hipoclorito tende a se concentrar nessas áreas.

Um problema com o ácido hipocloroso é o fato de ele não ser particularmente estável. Ele pode se degradar quando exposto à luz ultravioleta do sol e se combinar com outros elementos químicos para formar novos compostos. Cloradores de piscina freqüentemente incluem um agente estabilizador, como ácido cianúrico, que reage com composto de cloro para formar um composto mais estável que não se degrade tão facilmente quando exposto à luz ultravioleta.

Mesmo com um agente estabilizante, o ácido hipocloroso pode combinar-se com outros elementos, formando compostos não tão eficazes. Por exemplo, o ácido hipocloroso pode combinar-se com a amônia encontrada na urina, entre outras substâncias, para produzir várias cloraminas. As cloraminas não são somente desinfetantes fracos, mas podem irritar a pele e os olhos e possuem um odor desagradável. O cheiro característico e a irritação nos olhos associados às piscinas se devem as cloraminas, não ao ácido hipocloroso comum. Um cheiro forte geralmente significa que há pouca cloro livre (ácido hipocloroso). Para se livrar das cloraminas, é necessário fazer um tratamento de choque na piscina: adicionar uma dose forte de produtos químicos para remover matéria orgânica e compostos químicos nocivos.

A formação de cloramina está relacionada ao segundo maior elemento da composição química da piscina, mantendo o seu pH. Na próxima seção, discutiremos a manutenção do pH.

Nível do pH

O pH da água é uma medida do seu equilíbrio total (ácido-alcalino), ou seja, a proporção relativa de ácidos e alcalinos na água (veja Chem4Kids: ácidos e bases (em inglês) para obter uma descrição de ácidos e alcalinos). Se você colocar água muito ácida ou muito alcalina, obterá reações quimicamente indesejáveis. Se a água for muito ácida, ela corroerá o equipamento de metal e causará causticações na superfície e irritações na pele das pessoas. Se a água for muito alcalina, poderá causar descamação na superfície da piscina e no equipamento de bombeamento, além de tornar a água mais densa. Além disso, a alta acidez ou alcalinidade alteram a eficácia do hipoclorito. O hipoclorito não destruirá os patógenos tão bem se a água estiver muito alcalina e se dissipará muito mais rápido se ela estiver muito ácida.

Na escala de pH, zero indica acidez extrema, 14 indica alcalinidade extrema e 7 indica um estado neutro. A maioria dos especialistas recomenda pH entre 7,2 e 7,8. Para alterar o pH, deve-se acrescentar ácidos ou alcalinos à água da piscina. Por exemplo, a inclusão de carbonato de sódio ou bicarbonato de sódio (fermento em pó) geralmente elevará o pH e a inclusão de ácido muriático ou bisulfato de sódio diminuirá o pH.

A manutenção do equilíbrio apropriado de elementos químicos na piscina é um processo contínuo, pois qualquer elemento novo, como óleos de bronzeamento, clorina e outras substâncias que caem na água, alteram toda a composição química da água. Além do pH, também é necessário monitorar a alcalinidade total, a rigidez do cálcio e os sólidos dissolvidos totais.

Ao considerar toda a composição química e o maquinário envolvido nas piscinas, fica claro que elas são realmente tecnologias impressionantes. Exige muito trabalho construí-las e mantê-las.

Fontes:
Tom Harris.  "HowStuffWorks - Como funcionam as piscinas".  Publicado em 17 de setembro de 2002  (atualizado em 07 de agosto de 2008) http://casa.hsw.uol.com.br/piscinas2.htm  (04 de outubro de 2008)